O “Índice de Cidades Globais e Expectativas de Cidades Emergentes: Presente e Futuro”, elaborado pela consultora estadunidense A.T. Kearney, apresenta as 10 cidades de países com economia baixa ou média - segundo a classificação do Banco Mundial - que nos últimos anos protagonizaram um rápido crescimento para “colocar-se em dia” com as principais cidades globais, como Londres, Tóquio e Paris.
Para definir quais são as 10 cidades emergentes de mais rápido crescimento, a consultora analisou três categorias – Atividade Empresarial, Capital Humano e Inovação – em 34 cidades. Além disso, elaborou um ranking com 84 cidades que têm gerado, de alguma maneira, benefícios globais.
Conheça as 10 cidades emergentes e as 10 cidades globais, a seguir.
Uma vez definidas as cidades, a consultora mediu a rapidez com que estas estão evoluindo certos indicadores agrupados nas três categorias mencionadas. A rapidez é medida em relação ao tempo que levaria para uma cidade emergente alcançar indicadores como os de cidades globais, desde que seu crescimento tenha sido constante entre 2008 e 2013.
A primeira dessas categorias, Atividade Empresarial, foi obtida a partir da evolução do Produto Interno Bruto da cidade em questão, as mudanças na sua infraestrutura – rodovias, distribuição de água, transporte público e moradia, facilidade de fazer negócios no país de origem e as percepções de transparência no setor público.
A segunda categoria, Capital Humano, faz referência a igualdade de renda, a qualidade dos serviços públicos de saúde, a segurança e a sustentabilidade ambiental.
E finalmente Inovação, que corresponde a atração que as cidades exercem em empresas e trabalhadores de outras cidades. Além disso, nessa categoria entra o número de novas empresas, o volume de operações de capital de risco e as opções de crédito, entre outros.
De acordo com essas categorias as cidades emergentes são:
1. Jacarta, Indonésia
Segundo o informativo, a capital da Indonésia “esta assentando as bases para se converter em uma cidade líder a nível global”. Essa situação se dá pelas melhorias na distribuição de renda, segurança e proteção do meio ambiente.
2. Manila, Filipinas
As melhorias na categoria Capital Humano e, mais especificamente, no indicador saúde, fizeram com que essa cidade ficasse em segundo lugar. Entretanto, o que fez falta para que chegasse ao primeiro lugar foi o fato de que ela ainda não está consolidada como uma cidade global para negócios.
3. Adís Abeba, Etiópia
Mesmo sendo Inovação um aspecto debilitado nessa cidade, que foi inclusive o mais baixo dentre as 10 primeiras cidades do ranking, a terceira posição é garantida pelo rendimento positivo da Atividade Empresarial.
4. São Paulo, Brasil
Diferentemente de Adís Abeba, a categoria menor avaliação nessa cidade foi Atividade Empresarial. Entretanto o Capital Humano e a Inovação são os aspectos que fizeram com que São Paulo obtivesse a quarta posição e o primeiro lugar na América Latina.
5. Nova Déli, Índia
O fato de nos últimos anos Nova Déli ter se posicionado como uma cidade estratégica para as indústrias, fruto de sua abertura comercial, permitiu que a cidade se destacasse em distintos rankings internacionais, com ênfase na categoria Atividade Empresarial.
Entretanto, o informativo menciona que para que a cidade suba na lista global, ela deve melhorar nas categorias de Capital Humano e Inovação, já que por eles foi rebaixada do posto N°41 para o N°48. Enquanto isso, o indicador mais específico de recuperação é a troca de informações.
6. Rio de Janeiro, Brasil
A segunda cidade latino-americana da lista também é brasileira. Como São Paulo, a melhor avaliação dessa cidade foi dada pelo Capital Humano, seguida pela Inovação e, por último, Atividade Empresarial.
7. Bogotá, Colômbia
A terceira e última cidade latino-americana das 10 cidades emergentes é a capital colombiana. Segundo o informativo da consultoria, Bogotá está entre as cidades que se destacou e que pode melhorar ainda mais, sobre tudo no Capital Humano, devido aos avanços em segurança, proteção ambiental e saúde.
8. Mumbai, Índia
Apesar dos aspectos menos proeminentes da capital indiana - intercâmbio cultural e o compromisso político internacional -em nível nacional ela se sobressaiu nos quesitos de intercâmbio de informação, Capital Humano e Atividade Empresarial.
9. Nairóbi, Quênia
Mesmo sendo a Atividade Empresarial seu quesito mais bem avaliado, o informativo reconheceu que o melhor posicionamento dessa cidade se deve ao fato que ela se consolidou como um centro politico regional.
10. Kuala Lumpur, Malásia
A facilidade para realizar novos negócios na capital da Malásia fez com que ela fosse considerada uma das cidades que está “se atualizando” se comparada a outras cidades. Em relação as avaliações dos indicadores, o melhor índice foi Capital Humano, seguindo pela Atividade Empresarial e, por último, Inovação.
Índice de Cidades Globais
De forma paralela, a consultora A.T. Kearney fez um Índice de Cidades Globais, no qual avalia 84 cidades segundo cinco categorias (Atividade de Negócios, Capital Humano, Compromisso Político, Experiência Cultural e Intercâmbio de Informação) em relação à capacidade dessas cidades de atrair e reter as melhores empresas e talentos, gerando benefícios globais.
Desde 2008, quando esse ranking começou a ser elaborado, Nova Iorque tem se mantido no primeiro lugar, seguida por Londres. Paris e Tóquio ocuparam, este ano, o terceiro e quarto lugar respectivamente, mas em avaliações anteriores tinham postos invertidos.
A lista das 10 cidades globais é:
1. Nova Iorque
2. Londres
3. Paris
4. Tóquio
5. Hong Kong
6. Los Angeles
7. Chicago
8. Pequim
9. Cidade de Singapura
10. Washington
Baixe o informativo completo aqui.
Via Plataforma Urbana. Tradução Camilla Ghisleni, ArchDaily Brasil.